Blogando em Guarapuava!
É um momento interessante para discutir essa ferramenta e suas possibilidades de uso na educação!
Blog para relatar as atividades iniciais do Projeto de Aprendizagem.
Sou formada em Letras e Pedagogia (UENP). Trabalho na rede pública Estadual do Paraná, com especialização em Educação de Jovens e Adultos (UFPR) e Tecnologias na Educação (UFRGS) e Mestrado em Letras (ProfLetras) pela UENP/Cornélio Procópio.
Discussão a partir do texto: Conteúdos: Para quê? Por quê? Beatriz C. Magdalena e Iris Elisabeth Tempel Costa
Neste momento tenho feito muitas questões a respeito do nosso projeto e do nosso mapa. A questão fundamenta é que precisamos primeiramente responder a questões gerais sobre tempestades, sua consequências para depois nos atermos a questões mais locais, regionais. Temos muitas sugestões de trabalho apontadas pelos participantes do grupo....muitas coisas, mas acho que ainda não conseguimos entender o cerne da questão.
Como projeto de aprendizagem, posso falar por mim ( meu grupo somos apenas o Juliano e eu) estou construindo conhecimento a cada dia, mas com grande dificuldade de centrar, organizar e focar a questão.
Quanto ao texto " Conteúdos: Para quê? Por quê?" as autoras Beatriz e Iris destacam a quantidade de informação que são produzidas a cada momento e quais critérios poderíamos utilizar para dizer quais conteúdos são relevantes ou não para ser apresentados aos alunos.Muitos defendem que precisamos respeitar a sequência da grade curricular programática, pois sem isso os alunos estariam despreparados para continuarem seus estudos em níveis mais elevados ou entrarem no mercado de trabalho.Se isso fosse garantia de aprendizagem, como explicar então as “pérolas” que muitos alunos produzem nos vestibulares e exames, como o ENEM? Que sentido tem os contéudos escolares, da forma que são apresentados, para esses alunos?
Essa perpectiva que está posta no currículo oficial não é garantia de aprendizagem.
Numa perspectiva construtivista, podemos destacar:
Postura de abertura em relação às questões propostas pelos alunos.
Conteúdos: transmitir? Fazer fluir?
Ter propriedade na área do conhecimento específico para ajudar os alunos a trilharem na construção de seus próprios saberes
Qual o sentido de tudo o que se apresenta na escola? Faz sentido pra quem?
Quais as relações que se pode estabeleer entre nosso projeto de aprendizagem e as diversas áreas do conhecimento?
Diante de tantas questões, ainda vamos ficar muito tempo nos perguntando: Conteúdos: Para quê? Por quê?
Este método caracteriza-se como prática científica através da elaboração de hipóteses e verificação por meio de um interrogatório, sendo esta uma das mais importantes contribuições de Piaget na área da psicologia do desenvolvimento.
Interessado em analisar o conteúdo do pensamento infantil o autor concluiu que a forma e o funcionamento do pensamento se mostram cada vez que a criança interage socialmente, porém os conteúdos do pensamento só se liberam em função dos objetos de representação.
Para isso foram usados testes para captar o conteúdo do pensamento infantil, mas estes se mostraram não muito efetivos, pois ao introduzir perguntas que crianças não se colocam, estas passavam à margem das questões essenciais, dos interesses espontâneos e dos processos primitivos.
Passou-se então para a observação pura das perguntas espontâneas das crianças. Observou-se que quando uma criança faz uma pergunta esta já traz no seu bojo uma resposta.
Para além dos testes e da observação pura, Piaget empregou o método clínico psiquiátrico. Neste método, conversa-se com a criança e seguindo suas respostas, colocando problemas, levantando hipóteses controladas no contato com as reações provocadas pela conversa, busca-se " descobrir algo sobre os processos de raciocínio subjacentes às respostas..."(Piaget,1966 em Banks Leite,1987).
Uma dificuldade desse método é que o investigador precisa saber observar e nessa observação buscar algo preciso para formular uma hipótese de trabalho.
No método clínico-crítico, algumas características se apresentam como perguntas que levam à exploração, fazendo aflorar novas questões que serão justificadas de forma centrada no sujeito. A partir disso nasce a contra-argumentação que estabelece se as aquisições são estáveis ou não.
O interrogatório que é parte essencial deste método, dialeticamente centrado nas argumentações das crianças e dirigido ao mecanismo operacional, presta-se como instrumento de investigação apto a identificar conhecimentos operatórios comuns às crianças de um mesmo nível estrutural e identifica o modo do funcionamento individual do sujeito.
Atualmente esse método sofreu algumas modificações de forma a ajustá-lo à nova problemática e pelos recursos tecnológicos disponíveis, como por exemplo gravar todo o processo de investigação para posterior análise e formulação de hipóteses, diminuindo a necessidade de interrogatório tão intenso que era empregado nas pesquisas anteriores. Mesmo com esses novos recursos, nada impede que o investigador vá reformulando suas hipóteses e sua verificação nas ações da criança.
O método é atual e serve de fundamentação científica para os projetos de aprendizagem, pois sugere que se inicie com questões de interesse da criança enquanto sujeito do processo de criação do conhecimento.
Passos que um professor poderia realizar para produzir uma intervenção na escola tendo por base o método clínico:
Partir sempre das questões colocadas pelos alunos
Acompanhar a linha de raciocínio, formulando novas hipóteses a partir do que é colocado
Problematizar as questões colocadas para provocar uma contra-argumentação e verificar se as aquisições se estabelecem ou não
Avançar sempre um pouco mais nas considerações sem fugir do foco de interesse inicial do aluno.